domingo, 20 de julho de 2008

Why so Serious?





Batman: O Cavaleiro das Trevas

Atenção! O texto a seguir não é uma resenha.

Sou incapaz de resenhar um filme assistindo-o apenas uma vez; preciso de uma segunda dose para analisar os detalhes, e pescar as possíveis falhas. Sendo assim, encare as linhas a seguir, apenas como minhas primeiras impressões de Batman: O Cavaleiro das Trevas.

Desde 2005, com Batman Begins, o diretor Christopher Nolan já havia conquistado o respeito e admiração dos fãs, ao mostrar-lhes a tão aguardada versão realista e (realmente) sombria do universo do homem-morcego, presente em clássicas HQs do personagens como: Ano Um, Cavaleiro das Trevas e Piada Mortal. Os fãs deleitaram-se ao ver na tela, a Gothan de seus sonhos: corrupta, decadente, violenta e muito perigosa. Nolan não só repete, como também acentua essas características em “O Cavaleiro das Trevas”, e vai além.

O Coringa, de “O Cavaleiro das Trevas” é, sem dúvida, o melhor de todos. Será muito difícil surgir alguém capaz de interpretar o palhaço do crime de maneira tão psicótica como fez o falecido Heath Ledger. O jovem ator consegue transformar um clássico personagem dos quadrinhos, em um psicopata, que desde já, ascende rumo ao patamar de vilão clássico do cinema, juntos aos célebres Hannibal Lacter e Norman Bates. Ledger, com seus trejeitos, aliado a inteligentíssimos diálogos, fazem do pior inimigo do homem-morcego, um verdadeiro emissário do caos - como é dito pelo próprio palhaço do crime.

O Batman de Christian Bale aparece apagado, mas não por culpa do ator. Afinal, dividir os holofotes com Heath Ledger na pele do Coringa não é tarefa das mais fáceis. Mas ainda assim, é o melhor já visto no cinema. Minha única ressalva fica por conta da voz rouca forçada que Bruce Wayne faz quando veste o uniforme. Tudo bem que ele faz essa voz pra provocar medo nos bandidos, mas convenhamos: precisa falar com aquela voz de garganta inflamada mesmo quando conversa com Alfred? Alguém compre rápido um bat halls de menta!

Se comparado ao filme anterior, “O Cavaleiro das Trevas” mostra uma preocupação ainda maior em transmitir um universo real e tangível. Batman Begins continha elementos mais fantásticos, como treinamentos ninja e visões mirabolantes causadas por um gás alucinógeno que chega a enlouquecer toda Gothan City. No novo filme, porém, não temos nada disso. Não temos aquele teor “épico” forçado visto no final filme anterior, com todas aquelas alucinações. Trata-se de um filme sobre terrorismo, sobre o conflito entre heroísmo e vilania e, acima de tudo, entre ordem e caos.


sábado, 12 de julho de 2008

O Senhor dos Anéis - Cenas que você nunca viu.



Saudações amigos alfarrabistas!

Recentemente, eu estava assistindo “O Retorno do Rei”, terceiro filme da trilogia “O Senhor dos Anéis”, quando me dei falta de alguns momentos chaves da história, que foram cruelmente editados, pois o filme já era suficientemente extenso. Lamenta-se, porém, que tais cenas não foram incluídas sequer nos extras dos DVDs. Apenas alguns sortudos conseguiram assisti-las quando a trilogia foi exibida no final de 2003 nas salas do Cinemark, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Eu sempre me perguntava o que teria acontecido com o mago branco, Saruman, imaginava como teria sido o encontro entre Gandalf e o Rei Bruxo de Angmar, senhor dos Nasgûl e o mais poderoso servo de Sauron, o senhor do escuro, entre outros eventos que não aparecem na trilogia de Peter Jackson.

“Ah, mas eu já sei o que acontece! Eu li toda a obra do Tolkien” – desdenhariam alguns. Tudo bem. Pode ser. Mas mesmo assim não deixa de ser interessante assistir a versão cinematográfica desses acontecimentos, até então quase inéditos por essas bandas.

Resolvi procurar então, no abençoado Youtube, as cenas cortadas. Como não poderia deixar de ser, as encontrei sem grandes dificuldades.

Abaixo encontram-se algumas dessas cenas deletadas. Posteriormente publicarei mais, mas por enquanto fiquem com a morte de Saruman, e o contronto entre Gandalf e o Senhor dos Nasgûl.

Notem, que o final do Saruman está bem diferente daquele visto no livro de Tolkien. O mago branco não ataca o condado, e morre em sua torre.



domingo, 6 de julho de 2008

Primórdio do Cinema.

Um dia desses, revirando minhas coisas, encontrei uma apostila do meu curso de Cinema, que iniciei em 2004 e abandonei logo após o término do primeiro período. Era uma apostila sobre história do cinema e nela, como não poderia deixar de ser, tinha um capítulo sobre os pais do cinema: os irmãos Lumiere. Me lembrei imediatamente de uma aula em que pude assistir ao primeiro filme da história.

Depois que abandonei o curso, pensei varias vezes em como seria interessante rever esse filme, até que recentemente, pensei novamente no assunto e resolvi procurar no youtube. E é claro que eu encontrei. Se lá podemos encontrar até vídeos de anônimos bêbados pagando mico em boate, por que não encontraríamos o primeiro filme de todos os tempos.

Louis e Auguste Lumiere patentiaram na França, em 1895, um invento mágico: o cinematógrafo. A invenção era capaz de capturar e reproduzir “fotografias animadas”. Ignorando o potencial artístico de sua criação, os Lumiere viam a máquina apenas como um instrumento científico, jamais imaginando que tinham dado o pontapé inicial na criação de uma nova espécie de arte, a sétima arte. O Cinema somente ganhou contornos artísticos com Georges Mélièis, tido como o pai do cinema de ficção. Mas isso já é outra história.

O primeiro filme da História, produzido pelos irmãos Lumiere chamava-se L'Arrivée d'un train en gare de la Ciotat, e mostrava um trem chegando à uma movimentada estação.

No dia 28 de Setembro de 1895, aconteceu a primeira sessão de cinema do mundo, na primeira sala de cinema de todos os tempos, chamada Éden. Diz a lenda, que quando o filme foi exibido, a ingênua platéia assustou-se e pulou em suas cadeiras, achando que o trem sairia da tela e os atropelaria.

Veja a seguir o primeiríssimo filme do mundo: L'Arrivée d'un train en gare de la Ciotat

Annabel Lee


Nessa bimestre, as aulas de Literatura Norte-Americana foram totalmente voltadas ao Romantismo de Edgar Alan Poe.

Envergonho-me em confessar que conhecia apenas os contos de Poe, ignorando toda sua obra poética. Sempre tive um preconceito tolo e bitolado contra poemas em língua inglesa.

Inevitavelmente, ao estudar o gênio do Romantismo norte-americano, deparei-me com seu famoso poema Annabel Lee, e arrependi-me amargamente por nunca ter me interessado em le-lo antes, assim como o resto das obras em verso de Poe. Remediarei isso urgentemente.

Abaixo segue o belíssimo poema Annabel Lee (em inglês)

Annabel Lee

It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of ANNABEL LEE;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.

I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.

And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.

The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know,
In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.

But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.

For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;
And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so, all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling- my darling- my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.

Edgar Allan Poe